Um recente estudo da Credit Suisse sobre o desenvolvimento de países emergentes comparou as riquezas das populações ao longo da história. O resultado é interessante: hoje os brasileiros possuem o mesmo nível de riqueza do que os americanos em 1925. Se o ritmo de crescimento do Brasil continuar estável, em 2016 teremos o mesmo nível do que os americanos em 1948.
O mais interessante é que a CNBC divulgou seu estudo sobre investimentos internacionais afirmando que o Brasil subiu de 15o. para 5o. no ranking de países que mais receberam fundos, mas entrou no top 10 do ranking de países onde é mais difícil investir o dinheiro, seja pela burocracia, pelas regras confusas ou simplesmente pela corrupção.
Aqui está nosso paradoxo: achamos que estamos ricos, quando ainda não descobrimos como desatar os nós que atrapalham nosso real crescimento. Enquanto estamos preocupados com Copa e Olimpíadas, que acontecerão no curto espaço de tempo, nossa sustentabilidade a longo prazo, que pode ser garantida pelo crescimento na extração e refino do petróleo, além do nosso infinito potencial de extração de ferro e outros minerais e de geração de energia limpa, fica em segundo plano.
Gasta-se mais energia para discutir se pode ou não vender cerveja em estádios de futebol durante a Copa do que se teremos ou não uma regulamentação clara e sólida para a exploração do petróleo, ou estimulando estudos sobre energia sustentável.
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Leia aqui o estudo do Credit Suisse e aqui o relatório da CNBC.
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