Muito mais do que um novo logo

Uma logo marca indica a identidade de uma empresa. Funciona como a reputação que conquistamos no mundo através das nossas ações no dia-a-dia do trabalho, na nossa roda de amigos, na nossa família e nas redes sociais. Mais do que a imagem da empresa, um logo indica o que ela acredita, faz, inspira. Empresas tradicionais mantém seus logos sendo modernizados, com leves retoques representativos da época onde estamos. Mas algumas resolvem romper com o tradicionalismo e propõe uma nova interpretação do seu fazer.

O interessante desse caso é que a ruptura acontece em uma empresa que precisa romper com o tradicional. A Universidade da Califórnia refez seu logo, que passa a representar melhor o eles fazem. O vídeo, muito bem feito por sinal, apresenta o que eles querem inspirar com sua nova marca.

Aperte o play e rompa com o tradicional!

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Experiência com a marca

Marca é um dos ativos mais difíceis de se medir em uma empresa. Fatores internos e externos influenciam o valor da marca diariamente. Um funcionário insatisfeito, um rumor de mercado sobre sua responsabilidade social, uma prova que a empresa atende mal ou uma promessa não cumprida podem derrubar o valor da marca. Ao mesmo tempo, ações concretas de respeito ao meio ambiente, inovação constante, conteúdo relevante e marketing de relacionamento levantam a moral e o valor da marca.

O problema é que uma empresa quase nunca consegue equilibrar a gangorra. A solução é criar ações de marketing que justifiquem o valor da marca, que muitas vezes está ligada a sua inovação. E isso a Nike faz com primor. Ela é mais uma empresa que aposta na conexão com os consumidores, na experiência presencial, olho no olho. E quando ela conseque conectar isso aos garotos propaganda, o caminho parece sem volta.

A inovação da vez é a sua barbearia, que já está funcionando em Madri, Milão, Paris, Moscou, Cidade do México e Buenos Aires. Você pode cortar seu cabelo de graça, escutar boa música e jogar um videogame.

Boa pedida!

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(vi no Box1824)

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Evolução da espécie

Segundo minha definição, evoluir significa se tornar diferente para sobreviver a novas condições impostas. Para alguns evoluir significa estacionar, assim não são percebidos e consequentemente incomodados. Para outros significa ver o a Terra girar e se agarrar a algo que ainda os deixam seguros, como um eterno emprego público, um bem material (seja ele casa ou automóvel) ou a alguém. Porém, uma grande massa acredita que evoluir significa aprender, inovar, fazer diferente.

Talvez seja por isso que as girafas tenham pescoços tão grandes, afinal elas passaram a disputar folhas com poucos concorrentes, ou os cachorros domésticos tenham ficado tão espertos, afinal assim eles ganham mais biscoitos especiais.

Com os humanos a evolução também não para. A Box1824 lançou no final de 2010 um belo vídeo chamado We all want to be young, que conta sobre o nascimento de uma nova geração. Milhões de pessoas já viram, se identificaram ou quiseram mudar de geração. Mas isso é questão de comportamento.

Ontem eles lançaram um novo vídeo chamado All work and all play, que usa a mesma linguagem para contar como essa nova geração se relaciona com o mercado de trabalho.

Vale a pena ver os dois, na sequência. Eles são narrados em inglês mas ganharam legendas em português.

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We all want to be young (veja primeiro)

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All work and all play

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Falta muito para o nosso futebol

Os problemas com a organização da Copa do Mundo representam apenas uma face da falta de profissionalismo do nosso futebol. A certeza da impunidade e a gastança com o dinheiro público, que é meu e seu, transformou a Copa da iniciativa privada na Copa com 95% das obras financiadas pelo Governo. Além disso estádios não ficarão prontos para a Copa das Confederações, outros estão ameaçados de não ficarem prontos para o evento principal, em junho de 2014, e as obras de mobilidade urbana realmente ficarão para trás.

A outra face é a gestão dos nossos clubes. Confundimos adversários com inimigos, disputa com vencer a qualquer custo e preferimos buscar soluções isoladas a negociar em conjunto. Com o Clube dos 13 as cotas de patrocínio da TV foram negociadas em conjunto com a Globo por anos, em contratos que garantiam adiantamento de pagamentos de parcelas, o que ajudou e muito sua manutenção. Com a exigência da elaboração de contratos individuais, foi uma correria para garantir com a Globo vantagens exclusivas para clubes. Esse fato fortalece poucos e enfraquece muitos.

Para o pequeno grupo fortalecido a vantagem financeira é clara: grandes clubes de São Paulo e do Rio de Janeiro garantiram aumento superior a 50% frente ao contrato anterior. Para o grande grupo enfraquecido restou aceitar condições secundárias, com contratos mais baratos. O problema é que sem a maioria pobre não há campeonato disputado, estádios cheios, mobilização nacional e a consequência é a polarização da disputa e o enfraquecimento do futebol nacional.

O jornal Meio e Mensagem publicou ontem que a receita em marketing dos 20 maiores clubes do Brasil somaram R$ 385,2 milhões (veja aqui). Transformando em dólares, multiplicando por 32 clubes e considerando 5 anos com a mesma receita, temos o total de U$ 1.540 bi.

No dia 3 de abril desse ano a NFL, liga norte americana de Futebol Americano, apresentou sua nova coleção de uniformes (veja a notícia aqui). Diferente do Brasil, a liga negocia os uniformes de todos os clubes com apenas um fornecedor. A Nike, nova patrocinadora, pagará U$ 1,5 bi para vestir os 32 clubes.

Vejam bem senhores: a NFL fez a mesma receita em uniformes que o nosso futebol fez em todo o seu plano de marketing, que inclui camisas com tanto patrocínio que parecem álbuns de figurinhas, venda de produtos em lojas especiais, licenciamento de placas e outras propagandas em estádios e cotas para a televisão, que rendem a maior parte da receita.

Estamos anos luz atrás da NFL. E não há uma fagulha de esperança que algo mudará.

Uma pena.

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Fazendo diferente

Desde que comecei a estudar gestão as lendas sobre como empresas entram em mercados inusitados pipocam a todo momento. Desde a clássica história dos vendedores de sapato na África, onde um retorna com todo o estoque porque lá ninguém usa sapatos, e o outro pede mais um estoque porque lá ninguém conhecia sapatos, até o investimento dos americanos em criar uma caneta que funcione com gravidade zero, enquanto os russos usaram lápis, todos os professores tiram exemplos da manga para ilustrar como podemos ser criativos.

O mais difícil é ver como empresas comuns podem inovar em lançamentos de produtos. A Apple é nosso maior exemplo, mas alguns inocentes afirmam que é fácil inovar com dinheiro para pesquisa (como se a criatividade nascesse com o dinheiro). Mas há espaço para empresas comuns inovarem, seja em comunicação ou em lançamento de produtos?

O site Update or Die é uma grande fonte de inspiração de design e marketing. Ontem foram publicados dois posts com muito interessantes. O primeiro é uma bela campanha publicitária pelos 100 anos do biscoito Oreo (sim, ele é centenário!). As peças são simples, claras, despoluídas e retratam as realizações da humanidade durante os 100 anos do produto. Veja abaixo o comercial e no link as peças impressas. Vale a pena!

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Oreo: campanha comemorativa de 100 anos

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O segundo é uma belíssima ideia, que pode e deve funcionar como inspiração de como vender produtos simples, agregando valor com criatividade. Temos lojas que vendem apenas meias, mas com essa criatividade ainda não vi. Não deixe de ver!

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Uma loja que só vende meias em número ímpar

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Especial publicidade no cinema

Se tem uma coisa que gosto é ir ao cinema e chegar antes do filme começar para ver as propagandas e trailers. A sensação de ver no cinema a mesma propaganda que temos contato em nossas televisões é completamente diferente. As poltronas, o escuro, o tamanho da tela, o som, o cheiro da pipoca, tudo é diferente.

Para completar isso duas grandes empresas promoveram nos últimos meses ações de marketing em cinemas, a Natura e a Calsberg. São dois produtos distintos, mas as ações tiveram pelo menos um objetivo semelhante: surpreender o cliente com uma ação inesperada.

Copio abaixo o comentário que as empresas colocaram abaixo de seus vídeos no Youtube:

Natura

Para dar continuidade ao lançamento da nova linha Natura Plant, a Natura fez uma parceria com o site Ingresso.com. Permitimos, no momento da compra do ingresso, que as pessoas que levassem uma mulher ao cinema pudessem gravar uma homenagem para ela em suas webcams. A homenagem seria exibida antes da sessão escolhida. O resultado foi surpreendente. Confira.

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Calsberg

Carlsberg stunts in Belgium with 148 bikers in a movie theatre.
Some innocent couples want to take their seat, but the room is filled with not-so- friendly gentlemen… How will they react?

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Stanford University e o Google

Como todos sabem, o Google foi criado em um laboratório da Universidade de Stanford. Alguns anos depois, a Universidade buscou seus fundadores e gravou esse vídeo, onde eles contam como se conheceram e como o ambiente acad~emico e de pesquisa ajudou o início da empresa.

Gostaria de ver Universidades brasileiras produzindo vídeos com seus egressos de sucesso. Uma iniciativa barata, que estimula a entrada de novos alunos e ratifica o trabalho realizado.

O papel do Redator

Para uma propaganda memorável é necessário contar com alguns bons profissionais. Um excelente fotógrado, uma direção exemplar e, acima de tudo, um redator excepcional.

Esses são dois exemplos de propagandas que tem o redator como principal profissional do trabalho. Aplausos para os redatores!
Propaganda Y&R publicado na Veja de 03/08/2008 e no O Estado de São Paulo de 04/08/2008.

Propaganda da Nike publicado na Veja de 10/08/2008, disponível em seu portal nikecorre.com