Os perigos da escola

Passei longos anos da minha vida pensando em formas mais inteligentes e econômicas para proteger crianças em colégios. Pesquisa de novos materiais, investimento em produtos de limpeza mais eficientes e menos tóxicos, reformas e construções planejadas para diminuir riscos de acidentes, treinamentos para professores e auxiliares, proteção em quinas e pisos especiais etc.

Todos que trabalham em escolas ou tem filhos pequenos sabem do que estou falando. Nossas casas ganham travas para gavetas, espumas nas quinas e chaves em portas e armários. Isso sem falar sobre brincadeiras proibidas, como com fogo, facas e ferramentas.

Descobri alguém que pensa ao contrário e que, de certa parte, me convenceu. Aqui está o Gever Tulley, fundador da Tinkering School, e suas apresentações no TED. Vejam os dois videos para entender o que faz essa incrível escola. Depois, repensem a proteção dos seus filhos e alunos.

A escola mais perigosa é a cerceia a liberdade de pensamento, criatividade e ação de seus alunos.

.

.

.

 

PS: Estou em busca de um sócio visionário para algo assim, livre, incomum. Algo como uma criança ou um adolescente gostam.

.

Vi no Brasil 247.

Publicidade

Escola de Gestão

Um dos trabalhos que mais realizei foi o de formação de gestores educacionais. Usei muitos canais para isso: cursos de pós-graduação em EAD, consultorias, cursos presenciais, gestão direta de Instituições de Ensino e outros.

Um dos modelos que mais gosto de trabalhar é com a visão completa da gestão da Instituição de Ensino. Para dar maior visibilidade a esse trabalho, criei uma nova página nesse site (veja aqui) com a descrição completa da proposta, metodologia e investimento. Tudo de maneira clara e transparente.

Veja abaixo os temas dos encontros presenciais e fóruns propostos, estude a proposta e adote essa solução na sua Instituição de Ensino.

..

 

Gestão Financeira sem Complicações

No próximo dia 25 de abril realizarei em São Paulo, em parceria com a DMC Consultoria, um curso sobre Gestão Financeira sem Complicações. O principal objetivo é começar a preparar as Instituições de Ensino para 2013.

Veja abaixo os principais destaques do programa:

  • O que é Gestão Financeira e como ela se aplica em uma escola, não importando quantos alunos ela tenha;
  • Quais são os mitos em se trabalhar a Gestão Financeira em uma escola?;
  • Como tratar a Gestão Financeira com sua equipe, com linguagem simples e prática;
  • Como a Gestão Financeira pode trabalhar a favor do Pedagógico?;
  • Comece a elaborar seu orçamento de 2013 e prepare-se melhor para o futuro;
  • O Fluxo de Caixa como aliado;
  • Avalie o desempenho da sua escola e entenda onde estão os desvios;
  • Como compartilhar resultados com sua equipe?;
  • O que é importante saber para que apenas as informações relevantes sejam compartilhadas?;
  • Controle, avalie e alimente do seu orçamento de 2013.

Não perca a oportunidade de se preparar com antecedência para o próximo ano e evite surpresas desagradáveis no seu orçamento.

Para se inscrever no curso clique aqui.

.

Finalmente estamos sendo contaminados

Tenho buscado modelos de aulas diferentes, abertos, com linguagem clara e palatável para os jovens. Nem sempre encontro essas características em escolas e com professores comuns. Talvez por isso publiquei comentários e vídeos dos Professores Khan e Bunker Roy.

A fonte de inspiração deles está sendo passada para outros abnegados que, mesmo sem serem professores diplomados (assim como o MEC exige para darem aulas em escolas e faculdades), desempenham papel muitas vezes melhor do que os certificados pelos órgãos (nem sempre) competentes. Esse processo viral está tomando corpo e finalmente vejo alguns protagonistas no Brasil.

Veja aqui um belo exemplo: uma aula clara, dinâmica e simples que, em apenas 4 minutos, consegue explicar o que precisamos saber sobre seleção natural. Dificilmente usaremos mais do que o conhecimento explícito nesse vídeo para o resto de nossas vidas, a não ser que trabalhemos na área. Se esse for o caso, o papel do aprendizado deve ser capitaneado pela faculdade, e não no Ensino Médio.

Parabéns PROFESSOR Carlos Ruas!

.

Para conhecer mais o trabalho do cartunista Carlos Ruas acesse seu site: www.umsabadoqualquer.com

.

Estamos nos preparando para os livros digitais?

A questão da migração dos livros didáticos para o meio digital, impulsionada pela chegada dos tablets e investimentos da Apple e Amazon, parece estar sendo observada apenas sob um ponto de vista. Por enquanto os debates pendem para a metodologia de transposição dos conteúdos em papel para o meio digital, o treinamento dos professores e a aceitação das famílias. A questão financeira ainda não está no centro da questão, a não ser que pese no bolso do consumidor final (pais de alunos ou governos que investem nessa tecnologia).

Temos mais questões a resolver do que apenas o pedagógico. Listarei alguns questionamentos abaixo:

  1. O maior volume de papel impresso em formato de livros no mundo é para uso pedagógico. Os ambientalistas se animaram com a notícia que cortaremos menos árvores, mas muitos se esqueceram que o papel usado no Brasil é proveniente de fontes renováveis, isso é, de área de replantio. Além disso, para produzir tablets é necessário usar elementos minerais que são extraídos de jazidas, e isso provoca mais danos ao meio ambiente do que o uso de papel proveniente de áreas de replantio.
  2. Com essa migração as gráficas ficarão ociosas. Isso significa menos empregos operacionais. Com a necessidade de produção de mídias digitais é necessário contarmos com mais profissionais capacitados em design, informática e desenho instrucional. Isso significa mais empregos especializados. A questão é: estamos capacitando o suficiente para atender a demanda?
  3. O modelo digital pressupõe que os conteúdos (livros didáticos) passam a ser globais, como qualquer solução informatizada pode ser. É claro que é necessário que tenhamos espaço para customizações e tropicalizações, como é chamada a adequação de conteúdos globais. Isso significa que teremos mais concentração da produção de conteúdos, sobrando menos espaço para que os países de 3o. mundo, com o Brasil, sejam autores. A consequência é a continuidade do modelo binomial “eu produzo inteligência, você produz meio físico e opera”. Quem ganha com isso?
  4. A questão financeira das grandes editoras mundiais está próxima de ser equacionada. Sem o custo da produção física do livro elas podem se livrar de parques gráficos e investir em computadores, que ocupam menos espaço, são mais baratos e descartáveis. A logística também é afetada, já que a tendência é que os livros deixem de circular de caminhão, trem e navio para se tornarem bites na internet. Como resolveremos esses nós? E as empresas e trabalhadores desses setores?
.

A história se repete

Nosso Ministério da Educação, com sua visão controladora da educação, ainda está sentado na certeza que pode comprar tablets e usar os conteúdos produzidos para o Portal do Professor, tão usado quanto o Google+. Nosso governo ainda não percebeu que esse não é um problema da educação, e sim da economia. Vejamos:

  • O MEC é o maior comprador de livros do mundo, através do Programa Nacional do Livro Didático, mas não produz conhecimento relevante. Mesmo com suas dezenas de Universidades Públicas Federais, o maior conhecimento na área é produzido por empresas privadas ou centros de estudos na USP, que não é federal.
  • O Ministério do Trabalho possui dezenas de projetos de incentivo ao emprego, mas não investe em formação de conhecimento para a tecnologia. A produção dos tablets da Apple no Brasil é o exemplo claro: o governo se vangloria e centenas de empregos operacionais, mas não incentiva a produção do conhecimento. Quem ganha mais? O montador de peças ou o criador da inteligência?
  • O Ministério das relações Exteriores age de maneira protencionista para a indústria de automóveis estrangeira que está no Brasil, representada pelas 4 grandes (Ford, Volks, Fiat e GM), mas não estimula a proteção da inteligência nacional, principalmente ligada a educação (suspeito que eles desconfiam se temos alguma inteligência para ser protegida).

Estou percebendo que estamos de volta a década de 60, quando fomos eleitos o país da moda e recebemos indústrias de todo o mundo. Eles trouxeram a inteligência, nós entramos com os recursos naturais e a mã0-de-obra. O resultado é claro: o Brasil correndo atrás da tecnologia para se tornar um protagonista mundial de inteligência.

Vamos repetir o erro?

.

Para complementar a questão, leia o artigo publicado pelo Knowledge Wharton: O caso do livro didático: Apple e outras empresas querem dar as cartas na próxima geração de publicações educativas.

.

Diferentes maneiras de se educar

No início de fevereiro um pai americano publicou um vídeo no Youtube com um desabafo, e outras coisas mais, contra sua filha adolescente. Quando digo que é contra sua filha, é bom vocês acreditarem.

Sou educador e trabalho em colégios desde que me entendo como gente. Passei por alguns momentos interessantes com adolescentes, que em nada se parecem com o embate do vídeo em questão. Percebida como fase da vida onde brotam a criatividade, o empreendedorismo e a liberdade de expressão, com a internet há uma natural confusão do que pode e não pode ser dito.

Acredito que os adolescentes de hoje estejam se sentindo em uma vitrine única, reforçada pela mídia. Eles não estão errados. Vivemos em uma época em que a facilidade da informação expõe notícias boas e ruins, onde todos tentam adivinhar o futuro da nossa economia, saúde e tecnologia. E é exatamente sobre a economia que os adolescentes se prendem para ter certeza, na cabeça deles, que o futuro da humanidade está sob sua responsabilidade.

Essa certeza, que se constrói na adolescência, é destruída quando entramos no mercado profissional, ou dentro das salas de aula com os professores mais rígidos. Essa dicotomia ajuda a levar alguns para as salas dos psicólogos, outros para o fracasso e poucos para o sucesso, seja ele profissional ou pessoal.

Vejam o vídeo abaixo, reflitam e critiquem o pai. Peço apenas que não o julguem. Cada sociedades usa arma que possui.

.

A hora é agora!

No dia 5 de dezembro do ano passado publiquei texto sobre duas economistas do MIT, Abhijit Banerjee e Esther Duflo, e sua pesquisa sobre a erradicação da pobreza. Em determinado momento da apresentação, Duflo afirma que falar bem de educação pode ampliar em até 40 anos a escolaridade de uma população (veja aqui). O Chile já partiu na frente, e eu também já falei disso aqui.

Ontem o site Update or Die publicou uma excelente iniciativa feita em Nova York, que aliou design com o pensamento do professor. O resultado é fantástico! Veja exemplo abaixo e leia o artigo: Um redesign para o esteriótipo dos professores

Será que chegou a hora de fazermos o mesmo no Brasil?

Indignados de plantão, entrem em contato comigo para iniciarmos um trabalho relevante para nossa educação, independente de governos e gigantes educacionais privados!

.

.

Todos os caminhos caminho levam a Educação a Distância

Mesmo depois de alguns anos de grande investimento em Educação a Distância, feitos quase exclusivamente por grupos privados, parece que a tendência não é modismo. Lamentamos o fato do MEC confundir qualidade com infraestrutura, bons professores com quantidade de diplomas e certificação profissional com conhecimento atestado com certificados.

Estamos caminhando rapidamente para a pluralidade de meios na Educação a Distância, com a velocidade que o mercado pode impulsionar e, ao mesmo tempo, o MEC endurece, com a força da caneta, as regras que dizem que apenas uma instituição, autorizada por eles, pode dizer se você é ou não capaz de fazer algo, de pensar diferente, de produzir saber.

Hoje o grupo Abril Educação comprou parte da Escola Satélite, empresa que dispõe de um canal por satélite que trafega apenas conteúdo educacional. A Abril Educação abre uma janela em 30 milhões de lares brasileiros para levar seus conteúdos, sejam eles formais ou não, para os cantos mais distantes ou próximos da sua casa.

Veja abaixo o comunicado publicado na Comissão de Valores Mobiliários e tente compreender onde podemos chegar.

Que venha o futuro do conhecimento pelo sabor da curiosidade, pela vontade de aprender!

.
ABRIL EDUCAÇÃO S.A.
CNPJ/MF nº 02.541.982/0001-54
NIRE 3530017583-2
Companhia Aberta de Capital Autorizado
FATO RELEVANTE
INVESTIMENTO NA ESCOLA SATÉLITE S.A.
Abril Educação S.A (“Companhia”), em atendimento ao disposto no §4º do Art. 157 da Lei nº
6.404/76 e na Instrução CVM 358/02, conforme alterados, vem a público informar que nesta data a
sua subsidiária CAEP – Central Abril Educação e Participações Ltda. (“CAEP”) celebrou Contrato
de Compra e Venda, de Investimento, de Opção de Venda e Outras Avenças (“Contrato”) tendo
por objeto (i) a aquisição de 10% (dez por cento) das ações ordinárias representativas do capital
social da Escola Satélite S.A. (“Escola Satélite”), empresa detentora de autorização concedida pela
Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) e que atua no segmento de prestação de
serviços e elaboração, produção e coordenação de cursos telepresenciais, mediante o uso de
capacidade de satélite contratado com terceiros; e (ii) a subscrição e integralização pela CAEP de
novas ações ordinárias a serem emitidas pela Escola Satélite, todas nominativas e sem valor
nominal (a “Operação Escola Satélite”). Uma vez obtida a anuência prévia a ser concedida pela
ANATEL, a Operação Escola Satélite será concluída, e a CAEP passará a ser a titular de 51%
(cinquenta e um por cento) do total das ações ordinárias de emissão da Escola Satélite. A CAEP
passa a ter também o direito de aquisição dos outros 49% do capital da empresa em diversas
parcelas ao longo de um período de no máximo 8 anos, por um múltiplo de EBITDA da Escola
Satélite equivalente a 80% do múltiplo pelo qual as ações da Abril Educação estiverem sendo
cotados em bolsa de valores.
Com a Operação Escola Satélite a Companhia se prepara para oferecer às mais de 1.400 escolas
associadas aos seus Sistemas de Ensino a possibilidade de distribuição de serviços de ensino à
distância de preparação para testes e concursos, de idiomas, de cursos livres, dentre outros. Para
a oferta destes cursos a Companhia irá aproveitar-se de sua capacidade de geração de conteúdo e
de sua associação com os melhores professores de curso médio de suas escolas próprias e com
os autores com quem mantém relacionamento próximo em seus negócios editoriais.
A Companhia projeta ainda a redução de cerca de R$1,5 milhão por ano em custos de serviços de
apoio pedagógico prestados às suas escolas associadas, por meio da substituição de custos de
viagens e de pessoal com a prestação destes mesmos serviços via satélite, com maior frequência
e qualidade.
Em 2011 a Escola Satélite, fundada em 2008, prestou serviços de capacitação e educação
telepresencial a mais de 650 escolas privadas e públicas, tendo equilibrado receitas e custos.
O valor total da Operação Escola Satélite é de R$6.172.107,00 (seis milhões cento e setenta e dois
mil, cento e sete Reais).
A CAEP adotará todas as medidas necessárias para proceder às devidas notificações aos órgãos
integrantes do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência.

São Paulo, 15 de fevereiro de 2012.
Marcelo Schmidt
Diretor Financeiro e de Relações com Investidores
.