O que vale é a metodologia

Muitas vezes encontramos escolas e universidades que se preocupam em oferecer a mais moderna tecnologia de ensino para seus alunos, mas se esquecem que os professores devem continuam sendo os orientadores da aprendizagem. Computadores, notebooks, tablets e smartfones invadem nosso dia a dia e as herméticas estruturas de gestão educacional traduzem que comprando os apetrechos tecnológicos se libertarão da imagem de aprendizagem arcaica representada pela estrutura da sua sala de aula.

Exemplos como o abaixo são cada vez mais comuns:

O que difere essa sala de aula de uma sem os computadores? Eu aposto que é o gasto de energia elétrica.

Em uma escola onde o pensamento tradicional invade o ambiente escolar, onde não há criatividade para o uso das novas tecnologias e onde as soluções são compradas, e não criadas, o exemplo acima tem tudo para se repetir.

Em 1994 eu montei meu primeiro laboratório de informática em um colégio. Os computadores eram potentes PC AT, que rodavam Windows ligados através de uma rede Novell que não necessitava de servidor dedicado. O objetivo educacional era ensinar o que era hardware, como se ligava ou desligava um computador, como usar Word e Power Point e, quando funcionava, fazer rodar uma revista Neo Interativa no único tocador de CD, com extremos 4 x de velocidade. Naquela época as famílias não tinham computadores em casa e uma escola que proporcionava essa inovação tinha pontos ganhos por parte das famílias e alunos.

Apesar da inovação o projeto se assemelha aos de grande tecnologia de hoje. Os professores não foram capacitados e os computadores ficavam restritos a uma sala batizada de laboratório de informática. Ainda hoje encontro escolas onde alguns professores abnegados levam essas tecnologias para a sala de aula porque querem. Outros são levados por projetos comprados e alguns são resistentes ao uso de tecnologia maior do que uma caneta em um quadro branco.

Mas a tecnologia em sala de aula não pode ser traduzida apenas pelo uso do computador. Há outras tão ou mais interessantes, como os jogos personalizados, as experiências físicas e matemáticas, o Lego Education (http://education.lego.com).

Minha defesa não é pela abolição do uso da tecnologia em sala e aula, mas pelo estímulo para que o professor participe da criação do processo. Ele deve ser o autor da metodologia, mesmo que ela seja simples e rudimentar.

O exemplo está abaixo. Veja o texto resumo e assista a palestra de 6 minutos. Caso você tenha curiosidade, visite seu curso e navegue pelos tópicos. Pode ser que você não vá ensinar Inteligência Artificial, mas compreenderá que uma boa metodologia vale mais do que dezenas de tablets bonitos.

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O No outono de 2011 Peter Norvig juntamente com Sebastian Thrun lecionavam sobre inteligência artificial para 175 alunos de ensino regular em Stanford — e para mais de 100.000 à distância via internet. Ele compartilha o que aprendeu sobre lecionar para uma turma global.

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Para saber mais sobre o projeto do Peter Norvig, acesse seu site: https://www.ai-class.com/

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