Até os grandes mudam suas estratégias

Em tempos em que a velocidade da informação e sua grande penetração na sociedade de consumo influencia a mudança de hábitos em prazos cada vez mais curtos, uma empresa não pode se dar executar seu plano estratégico de longo prazo sem contemplar adequações, que em geral são, pelo menos, anuais.

Ao apostar na entrada em novo mercado, as grandes empresas realizam estudos prévios para criar alternativas viáveis economicamente para a adequação do negócio. Algumas vezes percebemos sucesso na primeira tentativa, outras não. Exemplos não faltam: a Coca-cola Cherry, o Google Wave e o Windows Vista são exemplos de produtos que não atenderam a expectativa dos consumidores. No caso da Coca-cola, faltou estudo do paladar o brasileiro para apostar na entrada do produto por aqui.

Agora assistimos a chegada da Amazon no Brasil, que tenta implantar por aqui seu sistema de venda de livros digitais associadas ao um leitor fabricado por eles, o Kindle. A revista Isto É Dinheiro fez uma ótima reportagem sobre o  assunto, que você pode conferir clicando nos links abaixo:

Os planos da Amazon para o Brasil

Entrevista com o repórter João Varella, autor da matéria

É interessante perceber que empresas com amplo domínio de mercado e faturamento de mais de U$ 87 bi também erram em suas estratégias. No caso da Amazon, não bastou ter contratado um executivo brasileiro do setor. Eles precisaram errar e atrasar sua entrada no Brasil, compreendendo que nosso mercado não está maduro para aceitar o produto, e esbarrando com um competidor voraz que usa todas as suas armas para bloquear sua entrada. Como consumidores esperamos por mais concorrência, mas aposto que a Amazon protegeria seu mercado americano usando armas mais poderosas.

Fonte: Isto É Dinheiro. Edição n° 755

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Sob o ponto de vista da estratégia, as consequências da sua chegada no Brasil estão sendo contempladas nos planejamentos de todas as grandes livrarias e editoras que atuam no nosso país. Isso significa que não adianta contemplar estratégias futuras se elas não podem ser adequadas a uma nova realidade de mercado.

Também é interessante traçar um paralelo com empresas de médio e pequeno porte. Admitir um erro estratégico em uma empresa no porte da Amazon, Microsoft, Google ou Coca-cola é aceitável, já que seus orçamentos possuem margem que pode absorver os consequentes prejuízos. Mas podemos errar em empresas que não possuem essa margem orçamentária? Talvez esse seja um dos motivos da alta taxa de fechamento de novas empresas no Brasil com até 2 anos de vida.

A dica? Planeje, pense, teste e depois aposte. Mercado não é como corrida de cavalos, onde apostamos antes da abertura dos portões e precisamos esperar o término da prova para saber se ganhamos ou perdemos. Temos o poder de planejar, corrigir os erros, avaliar novos concorrentes, contemplar mudanças no comportamento e planejar novamente, sem perder a essência do nosso negócio.

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