Nos últimos anos temos nos perguntado frequentemente sobre a função de uma Universidade. Inicialmente produzimos algumas respostas prontas, usuais e até pueris, tais como:
- Perpetuar o conhecimento;
- Ser centro de estudos e inovação;
- Produzir estudos científicos que comprovem para a sociedade que adotar determinado comportamento ou usar algum produto pode trazer benefícios ou malefícios;
- Entender o comportamento da sociedade e indicar alternativas.
Entendo que essas respostas são padrões não observados em nossas Universidades. Salvo raras exceções, o que percebemos são Universidades públicas repetindo o modelo educacional adotado no século XIX e Universidades particulares preocupadas em ter cursos de mestrado e doutorado em funcionamento apenas para garantir sua autonomia universitária.
No rol das raras exceções temos institutos de pesquisas que invariavelmente são subsidiados por empresas privadas ou públicas que tem compromisso claro com o desenvolvimento do nosso país, como a Petrobrás e a Embrapa. Alguns podem provar que estudos realizados por Universidades que não estão nessa categoria tem alguma serventia, mas ainda assim são exceções.
Lembro que quando iniciei minha busca por fazer um mestrado, recebi sonoros nãos da PUC-Rio, UFRJ, Uni-Rio e UERJ. Isso porque minha proposta era estudar os modelos de gestão e empresas aplicadas ao Ensino Básico privado e as Universidades não estudavam o modelo privado. Quer dizer, ou eu estudava o que eles queriam ou não fazia o mestrado. Por isso parti para São Paulo, onde encontrei um mestrado multidisciplinar em Administração, Comunicação e Educação na Universidade São Marcos.
O MIT prova constantemente para que serve uma Universidade. Leia, entenda e ajude a criticar nosso modelo.
.
Nossa!!! Grande discussão!!!
Hoje os objetivos vão variados, mas penso que a Universidade é o lugar onde buscamos a ciência através das nossas escolhas de conhecimento.
O problema é exatamente esse: podemos fazer escolhas de conhecimento em Universidades, principalmente nas públicas? Ainda temos o modelo em que submetemos projetos para mestrado e doutorado que apenas são aprovados pelos orientadores se o objeto estiver dentro do escopo que eles pesquisam. Isso ajuda a permitir a inovação?
Também penso assim, nos últimos anos as Universidades estão formando mais técnicos do que cientistas.